Hidantal Injetável: Para que serve e indicações

O Hidantal Injetável é indicado para o tratamento de diferentes tipos de crises convulsivas e condições associadas à epilepsia. Ele é utilizado para:

Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia: convulsões súbitas e descontroladas dos músculos, relacionadas a alterações cerebrais;

Crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas e crises parciais complexas: episódios que podem se repetir, incluindo movimentos involuntários como mastigação ou ações descoordenadas;

Estado de mal epiléptico: crises epilépticas prolongadas ou repetitivas que exigem intervenção imediata.

Como o Hidantal Injetável age?

O princípio ativo do Hidantal é a fenitoína, um medicamento anticonvulsivante que age principalmente em regiões do cérebro responsáveis por limitar a propagação das crises epilépticas. Para atingir níveis terapêuticos estáveis, geralmente são necessários de 7 a 10 dias com doses recomendadas de 300 mg/dia.

Contraindicações

O Hidantal não deve ser utilizado por pacientes que apresentaram reações graves à fenitoína ou outras hidantoínas. Além disso, é contraindicado para pessoas com:

Síndrome de Adams-Stokes;

Bloqueio A-V de 2º ou 3º grau;

Bloqueio sino-atrial;

Bradicardia sinusal.

Modo de uso e administração

O Hidantal Injetável deve ser administrado conforme prescrição médica, respeitando rigorosamente o regime de doses. A via intravenosa é preferida para efeito rápido, especialmente em crises agudas ou estado de mal epiléptico. A interrupção do tratamento deve ser gradual.

Administração IV: cada injeção deve ser precedida e seguida por solução salina estéril para evitar irritação local.

Diluição: o Hidantal não deve ser misturado em soluções glicosadas, pois pode precipitar. A diluição segura é feita em soro fisiológico 0,9%, com infusão curta e filtro de 0,22 micras.

Posologia recomendada

Adultos

Crises durante ou após neurocirurgia: 100–200 mg IM a cada 4 horas durante cirurgia, mantendo 300–400 mg/dia no pós-operatório (máx. 600 mg/dia).

Crises tônico-clônicas generalizadas e crises parciais complexas: 100 mg três vezes ao dia, manutenção de 300–400 mg/dia (máx. 600 mg/dia).

Estado de mal epiléptico: dose de ataque 10–15 mg/kg IV (não exceder 50 mg/min), seguida de manutenção de 100 mg a cada 6–8 horas, via oral ou IV.

Crianças (acima de 6 anos e adolescentes)

Crises durante ou após neurocirurgia: 5 mg/kg/dia divididos em 2–3 doses, até 300 mg/dia; manutenção de 4–8 mg/kg/dia.

Crises tônico-clônicas generalizadas e crises parciais complexas: mesma dose do item anterior.

Estado de mal epiléptico: dose de ataque de 10–15 mg/kg IV (não exceder 1–3 mg/kg/dia).

Administração IM não é recomendada em crianças.

Populações especiais

Idosos: iniciar com 3 mg/kg/dia em doses divididas; ajuste conforme resposta clínica e níveis séricos.

Hipoalbuminemia: pode ser necessário ajuste da dose considerando níveis de albumina sérica.

Doença hepática: monitorar concentrações de fenitoína livre devido à possível elevação.

Pacientes obesos: dose baseada no peso ideal acrescido de 1,33 vezes o excesso de peso.

Gestantes: aumento da dose pode ser necessário; após o parto, reduzir para evitar toxicidade.

Insuficiência renal: monitorar níveis de fenitoína livre, pois pode ocorrer aumento da concentração no organismo.

Importante

O Hidantal deve ser administrado apenas por via intravenosa ou intramuscular, conforme prescrição médica. Respeite sempre os horários, doses e duração do tratamento. Não interrompa o uso sem orientação médica.